líria varne // Visual Artist + Performer + Media Artist

Vídeo memória descritiva

Video descriptive memory

A peça LOOKING INSIDE faz parte da série de trabalhos em media arts denominada LiFe is RanDom, na qual compilo arquivos pessoais e field records que são usados para criar obras com uma narrativa randomizada, numa relação poética com a falta de controlo sobre a vida.

Nesta obra, propus-me o desafio de vasculhar meus arquivos e escolher algo que me fosse demasiado pesado emocionalmente, cujo sentimento eu deveria, através do pensamento sobre essa estética lúdica, transformar.

The piece LOOKING INSIDE is part of the series of media arts works called LiFe is RanDom, in which I compile personal files and field records that are used to create works with a randomized narrative, in a poetic relationship with the lack of control over life.

In this work, I set myself the challenge of going through my archives and choosing something that was too emotionally heavy for me, the feeling of which I should, through thinking about this playful aesthetic, transform.

A dimensão lúdica reside no olhar de algo que inicialmente nos assusta e intimida, o interior dos nossos corpos. Trabalhar com essas imagens que já têm um significado em nosso imaginário, para criar imagens que não remetem a um exame médico ou ao ambiente psicológico que nos interpela dentro de um hospital. Em Looking Inside, a parte lúdica está na mágica da transformação, na possibilidade ver algo por outro ponto de vista.

Ao revisar os arquivos, achei uma MR do crânio, exame que consiste em “fatiar” num compêndio de mais de mil imagens, o interior da cabeça. Destas imagens, escolhi 28, por sua particularidade estética.

The playful dimension resides in looking at something that initially scares and intimidates us, the inside of our bodies. Working with these images that already have a meaning in our imagination, to create images that do not refer to a medical examination or the psychological environment that challenges us inside a hospital. In Looking Inside, the fun part is the magic of transformation, the possibility of seeing something from another point of view.

When reviewing the files, I found an MRI of the skull, an examination that consists of “slicing” the interior of the head into a compendium of more than a thousand images. Of these images, I chose 28, for their aesthetic particularity

O crânio é uma imagem conhecida e muito visitada por diversos artistas. Nesta obra, desconstruí esta imagem, aplicando comandos que alteravam: tamanho, alpha e frame rate. Nos 223 segundos de obra, desenvolvi uma narrativa dividida em 11 momentos distintos. Como exemplo, descrevo o momento 1, no qual criei um array com as 28 imagens em random, no tamanho 1×1. Em cada pixel da tela deste primeiro momento, tem uma sequência da minha RM. Alinhados, lado a lado, criam uma tela em movimento.

Neste universo do mesmo array em comandos diferentes, brinco com a percepção do publico, até desvendar a imagem em tamanho real. Finalizo com um vídeo gravado com uma câmera DSLR 5DMark II e uma lente 24-70mm, no qual foram captados dois olhos distintos, em close-up, com momentos de foco e desfoco, que foram editados no software Final Cut.

Uma peça sonora composta para a obra a partir de Field Records, coletados ao longo dos anos, mixados a sons criados com o VCRack 2, GarageBand e MainStage. Esses arquivos foram editados com o Reaper e resultaram numa peça sonora bem integrada à obra.

The skull is a well-known image and is frequently visited by many artists. In this work, I deconstructed this image, applying commands that changed: size, alpha and frame rate. In the 223 seconds of work, I developed a narrative divided into 11 distinct moments. As an example, I describe moment 1, in which I created an array with 28 random images, in size 1×1. In each pixel of the screen in this first moment, there is a sequence of my MRI. Aligned side by side, they create a moving canvas.

In this universe of the same array using different commands, I play with the public’s perception, until I reveal the full-size image. I end with a video recorded with a 5DMark II DSLR camera and a 24-70mm lens, in which two distinct eyes were captured, in close-up, with moments of focus and blur, which were edited in the Final Cut software.

A sound piece composed for the work with Field Records, collected over the years, mixed with sounds created with VCRack 2, GarageBand and MainStage. These files were edited with Reaper and resulted in a sound piece well integrated into the work.